sábado, 26 de junho de 2010

O preço a ser pago

Interessante como precisamos circular em diferentes fontes de notícias para montarmos um quadro geral que faça sentido, no qual informações sem impacto imediato aparente tomam outra dimensão. Li na BBC-Brasil o "recado" passado por Philip Crowley, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, ao governo da Coreia do Norte: "Detestaríamos ver a Coreia do Norte realizar outra rodada de lançamentos de mísseis". O problema é que o governo norte-coreano proibiu a navegação na sua costa oeste, medida que tem sido tomada antes da realização de seus exercícios militares. Na mesma BBC-Brasil temos um artigo sobre o entendimento da cúpula do G8 nos planos para reduzir o déficit. Passamos então à divulgação do mesmo encontro do G8, que ocorre no Canadá, no site do Le Monde, o qual destaca que serão discutidas também os problemas com a Coreia do Norte e com o Irã. A reunião do G8, que começou ontem, segue hoje simultaneamente a uma reunião do G20 (do qual participamos), também no Canadá. Chegamos finalmente ao New York Times, que apresenta uma matéria mostrando que fechar a prisão de Guantánamo deixou de ser uma prioridade para o governo Obama. Tal constatação parte tanto de senadores democratas como de republicanos favoráveis à transferências dos presos para instalações nos EUA. Foi por sinal o senador republicano Lindsey Graham que afirmou o seguinte, em tradução adaptada:
"Guantánamo é um símbolo negativo, mas que está muito reduzido pois estão nos vendo tentar fechá-la.", e continua "Fechar Guantánamo é bom, mas lutar para fechar Guantánamo é aceitável. Admitir que você falhou será o pior."
O G8 anuncia que existe certa unanimidade nas medidas para sanar a crise econômica, pedindo o engajamento do G20 na mesma. Ao mesmo tempo mandam seu recado aos rivais do momento, enquanto vemos a continuidade da indefinição sobre os prisioneiros em Guantánamo. Parece claro qual será o preço da recuperação econômica anunciada.

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