sexta-feira, 4 de julho de 2014

Igualando o inigualável

O colunista da Folha, Samuel Pessoa, publicou texto afirmando que a cobrança de mensalidade nas universidades públicas teria o mesmo sentido da cobrança do pedágio urbano. O colunista, psdebista, confunde as coisas. Andar de carro é um direito inerente ao direito de consumir e não do de locomoção. Todos são livres para se locomover, como pedestres. Todos que possuem dinheiro podem comprar um carro, o que facilita a locomoção mas gera problemas urbanos e sociais, daí o pedágio urbano como solução que se adota em grandes metrópoles pelo mundo. O ensino não se enquadra na mesma categoria. A sociedade precisa de trabalhadores nas fábricas, de agricultores, de médicos, de advogados, de professores, de engenheiros, enfermeiros etc... É sim de interesse da sociedade que existam pessoas com formação universitária. A educação não é uma mercadoria apesar do que pensam e fazem alguns gestores de redes de ensino. O acesso à educação significa o acesso ao conhecimento produzido coletivamente pela humanidade. É um direito. Não é como o direito de dirigir um veículo. Ter acesso à  educação não aumenta o buraco da camada de ozônio, não polui o ambiente, não gera congestionamentos. A comparação feita pelo colunista é digna de repúdio, mas revela bem o tipo de mentalidade que se arrasta no governo do estado de São Paulo.