Manuel Zelaya, que foi deposto do cargo de presidente de Honduras ano passado, gerando uma crise que envolveu diversos países da região, com destaque particular para o Brasil, fez elogios ao posicionamento do nosso governo e de outros que fazem parte da Unasul (União das Nações Sul-Americanas). Honduras foi expulsa da Organização dos Estados Americanos (OEA) por conta do golpe contra o governo de Zelaya. Em toda crise os golpistas contaram com apoio da Colômbia e do Peru, além dos EUA, os quais defenderam o reconhecimento do novo governo após a realização de eleições presidenciais. Um dos impedimentos a o retorno da Honduras para a OEA é justamente o fato de que o novo governo anistiou todos os envolvidos no golpe, menos o ex-presidente Zelaya.
Vemos também os EUA preocupados com os casos de corrupção no governo estabelecido no Afeganistão. Foram milhões de dólares enviados pelos EUA, dos quais uma boa parte simplesmente desapareceu. Os que estão no governo afegão hoje são aliados dos norte-americanos, de modo que a troca de acusações começou, sobre quem seria o responsável pelos desvios.
E fica cada vez mais evidente que aos aliados tudo se perdoa, quer seja a corrupção, um golpe de Estado ou ações de espionagem.
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