sexta-feira, 9 de julho de 2010

Prisioneiros

Guillermo Fariñas, o dissidente político cubano que estava em greve de fome, encerrou seu protesto, que durou mais de 130 dias, após confirmação da notícia sobre a libertação de 52 presos políticos pelo governo de Cuba. A decisão já havia sido anunciada pela Igreja Católica cubana, após negociação que contou com a participação ativa do cardeal Jaime Ortega, chefe da Igreja em Cuba.
A ONU comemorou as decisões, mas a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, minimizou o ocorrido:
"Nós pensamos que é um sinal positivo.  É algo que já está atrasado mas todavia muito bem vindo."
Ao mesmo tempo os governos norte-americano e russo consideram que a troca de espiões que ocorreu hoje, é resultado do sucesso do relançamento das relações entre as duas nações. Novamente vemos que as disposições para acordos e celebrações seguem a lógica das parcerias militares e econômicas consideradas prioritárias.
E para tornar tudo mais interessante a ONU divulgou um documento condenando o ataque que afundou o navio sul-coreano, mas não atribuiu nenhuma culpa ao governo norte-coreano, indicando inclusive sua preocupação com as conclusões feitas pela investigação conduzidas por Seul. Lembrando que a Coreia do Norte só não sofreu sanções por parte da ONU pois elas foram vetadas pela China. Confirmamos, outra vez, que a força militar e econômica de uma nação é o verdadeiro combustível das relações internacionais.

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