"Agora quem vai salvá-los é o Estado, que eles diziam que não servia para nada"E parece que o Estado ainda terá muitas contas para pagar. Principalmente nos EUA, bastião mundial da imposição do modelo neoliberal. Mesmo com todos os investimentos estatais o setor privado nos EUA perdeu 130 mil empregos somente no mês de julho. O resultado foi desanimador e também preocupante por indicar que o ritmo de crescimento dos norte-americanos no terceiro trimestre será ainda menor do que no segundo.
Assim é que os agentes e defensores do mercado livre revelam suas prioridades. Quanto a crise chega tratam de defender seus interesses, cortam todos os investimentos e jogam toda responsabilidade para o Estado, que é a mesma coisa que jogar os prejuízos nas costas de toda população. É a velha lógica da socialização das perdas, discutida pelo economista brasileiro Celso Furtado: os lucros são privados e só pertencem a um pequeno grupo, mas os prejuízos devem ser compartilhados com toda a sociedade.
E crescem as intervenções, as ameaças de conflito, em busca de mercados e fontes de energia. A liberdade de mercado? Significa somente que os grandes fazem tudo o que querem e os pequenos pagam a conta.
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