quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Bruce Lee

Trump brigando com a China e temos dois filmes, A Origem do Dragão de 2017 e esse agora do Tarantino, em que Bruce Lee é retratado negativamente. No de Tarantino ele é retratado como farsa até mesmo como lutador.  Nada sobre o racismo que ele sofreu nos EUA, nada sobre como a imagem dos chineses no cinema ocidental era antes de Lee, nada sobre papéis que ele perdeu por ser "chinês demais", ou sobre como precisou ir fazer filmes na China para só então ser reconhecido. Dois ataques sem qualquer fundamentação ao cara que mudou o cenário dos filmes de ação e a imagem dos orientais no cinema do ocidente. Neurose minha? O fato a ser observado é quais são os interesses das pessoas que financiam tais filmes, o que faz alguém olhar para um roteiro e decidir que ele vale o seu dinheiro. Não é só no retorno da bilheteria que estarão interessados, mas na mensagem que vão ajudar a construir. A destruição de ícones é uma das etapas da guerra cultural contemporânea. Para derrubar um partido você destrói a imagem de todas as suas lideranças. Para estimular o ódio aos chineses nos EUA você precisa eliminar o seu principal e mais influente ícone: o chinês que batia em ocidentais.

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