Em toda a história, toda mesmo, desde que o homem começou a se expressar, ele pinta paredes. Nas cavernas. Em Roma, no coliseu, os gladiadores escreviam nas paredes seus recados aos poderosos... Nas ruas da França da Revolução. Em todas as guerras mundiais. Em toda trajetória do movimento operário. Nem toda pixação é um ato aleatório de destruição do espaço público. Ela é também uma forma de manifestação, de setores populares tomarem o espaço público com seu recado. Uma forma de se expressar quando tudo falha. Mas aqui no Brasil juntamos tudo num pacote bipolar: grafite é bom/pixação é ruim. Como se toda pixação fosse a mesma coisa. Como se a arte fosse limitada à uma forma única de se expressar. E dá-lhe tinta em tudo. Como se o cinza do Doria também não fosse uma forma de expressão do autoritarismo da atual prefeitura de São Paulo. Por que cinza? Por que não várias cores? É...
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