Em toda a história, toda mesmo, desde que o homem começou a se expressar, ele pinta paredes. Nas cavernas. Em Roma, no coliseu, os gladiadores escreviam nas paredes seus recados aos poderosos... Nas ruas da França da Revolução. Em todas as guerras mundiais. Em toda trajetória do movimento operário. Nem toda pixação é um ato aleatório de destruição do espaço público. Ela é também uma forma de manifestação, de setores populares tomarem o espaço público com seu recado. Uma forma de se expressar quando tudo falha. Mas aqui no Brasil juntamos tudo num pacote bipolar: grafite é bom/pixação é ruim. Como se toda pixação fosse a mesma coisa. Como se a arte fosse limitada à uma forma única de se expressar. E dá-lhe tinta em tudo. Como se o cinza do Doria também não fosse uma forma de expressão do autoritarismo da atual prefeitura de São Paulo. Por que cinza? Por que não várias cores? É...
terça-feira, 31 de janeiro de 2017
domingo, 15 de janeiro de 2017
Ao invés...
Ao invés de combater a corrupção o Brasil optou por acabar com as estatais, ao invés de uma reforma política o Brasil optou pelo autoritarismo, ao invés de acabar com o corporativismo o Brasil optou por acabar com os funcionários públicos, ao invés de investir em Pesquisa e educação o Brasil optou por acabar com as universidades públicas, ao invés de taxar as grandes fortunas o Brasil optou por acabar com direitos dos mais pobres... Era sobre tudo isso e muito mais que estávamos falando quando as panelas soaram e os patos dançaram nas ruas, deixando todos surdos à razão e abertos para o fascismo fácil e burro dos Bolsonaros.
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