É possível encontrar imagens parecidas pela rede, mas quis mostrar que qualquer pessoa pode ir atrás da informação correta e produzir um retrato da realidade melhor do que este que anda circulando por ai...
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Eleições 2014: Parem de dividir o Brasil entre nordeste e sudeste!
É possível encontrar imagens parecidas pela rede, mas quis mostrar que qualquer pessoa pode ir atrás da informação correta e produzir um retrato da realidade melhor do que este que anda circulando por ai...
domingo, 3 de agosto de 2014
Pela memória do movimento estudantil de 1996
Em 1996 o deputado estadual do PSDB, Vaz de Lima, criou projeto que visava começar a cobrar mensalidade dos estudantes das universidades estaduais paulista. Em junho do mesmo ano, quando o projeto seria votado, nós, estudantes das universidades públicas de São Paulo, organizados em nossos diretórios acadêmicos, lotamos quantos ônibus pudemos e ocupamos as galerias da câmara dos deputados. Houve uma tentativa de defesa do projeto mas nada se ouviu diante do barulho das galerias. A emenda acabou sendo retirada. Vitória do movimento estudantil que nunca saiu nos jornais. Mesmo. Procurei hoje no acervo da Folha de São Paulo e tudo que encontrei são as matéria que aqui divulgo, falando apenas sobre o projeto. O único comentário sobre a retirada do projeto foi feito em um artigo do dia 27 de junho de 1996, mas que não fala do movimento que nós estudantes realizamos, apenas sugerindo que teria sido uma manobra política por conta da proximidade das eleições. E assim ficou registrado nos anais da história (sim, os arquivos dos jornais ainda serão fontes históricas...) que a proposta surgiu e foi retirada por mero interesse político. Os estudantes? Nem uma palavra sobre nós que ali estivemos. Para o registro futuro é como se nada tivesse acontecido. Então decidi deixar na rede, pelo menos, o registro daquele movimento que reverteu uma punhalada no ensino público, em um momento em que outras punhaladas do mesmo partido estão sendo articuladas. Nós nunca estivemos dormindo.
sexta-feira, 4 de julho de 2014
Igualando o inigualável
O colunista da Folha, Samuel Pessoa, publicou texto afirmando que a cobrança de mensalidade nas universidades públicas teria o mesmo sentido da cobrança do pedágio urbano. O colunista, psdebista, confunde as coisas. Andar de carro é um direito inerente ao direito de consumir e não do de locomoção. Todos são livres para se locomover, como pedestres. Todos que possuem dinheiro podem comprar um carro, o que facilita a locomoção mas gera problemas urbanos e sociais, daí o pedágio urbano como solução que se adota em grandes metrópoles pelo mundo. O ensino não se enquadra na mesma categoria. A sociedade precisa de trabalhadores nas fábricas, de agricultores, de médicos, de advogados, de professores, de engenheiros, enfermeiros etc... É sim de interesse da sociedade que existam pessoas com formação universitária. A educação não é uma mercadoria apesar do que pensam e fazem alguns gestores de redes de ensino. O acesso à educação significa o acesso ao conhecimento produzido coletivamente pela humanidade. É um direito. Não é como o direito de dirigir um veículo. Ter acesso à educação não aumenta o buraco da camada de ozônio, não polui o ambiente, não gera congestionamentos. A comparação feita pelo colunista é digna de repúdio, mas revela bem o tipo de mentalidade que se arrasta no governo do estado de São Paulo.